Jornada de protesto, manhã de domingo 19 Outubro.


Associação Comercial do Concelho de Nisa (Nisa.Com) Associação de Desenvolvimento Rural de Nisa (TERRA)
Associação Nacional de Conservação da Natureza, Núcleo Regional de Portalegre (Quercus)
Associação para o Desenvolvimento de Nisa (ADN)
Câmara Municipal de Nisa (CMN)
Comissão dos Ex-Trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio
Movimento Urânio em Nisa Não (MUNN)

Vão promover no dia 19 de Outubro (Domingo), uma jornada contra uma possivel exploração de urânio no Concelho de Nisa.
Assim, pela manhã do próximo domingo no Cine Teatro de Nisa, irá decorrer uma Tribuna Cívica, com a participação da Comissão dos Ex-Trabalhadores da ENU e coordenada pelo CES, Universidade de Coimbra, onde reconhecidos juristas, prestigiados académicos e outras personalidades convidadas efectuarão o balanço e aprovarão conclusões relativamente à exploração de urânio em Portugal, a que se seguirá a Marcha da Indignação até à jazida de urânio situada entre Nisa e Monte Claro.
Os objectivos da jornada, além da sensibilização das populações locais e limítrofes para os riscos que uma eventual exploração de urânio comportará, visam ainda prevenir o País e o Governo o grave impacte que daí poderia resultar.

Jornada Nacional contra a Exploração de Urânio


Urgeiriça

20 de Setembro de 2008

Posição “Não ao Urânio”

Hoje, ao comemorar-se o “European Uranium Action Day”, o debate em Portugal tem que começar na problemática relativa à exploração que foi levada a cabo em Portugal pela Empresa Nacional de Urânio (ENU) e pelas suas antecessoras.

Sobre a actividade destas empresas recaiem consequências graves no ambiente, na saúde e na vida dos seus ex-trabalhadores, particularmente na dos mineiros, assim como nas populações das zonas sujeitas a mineração.

É no quadro deste debate obrigatório, da relação causa-efeito, que se pode fazer a discussão sobre o balanço da extracção de Urânio em Portugal e verificar se o mesmo é positivo ou negativo.

A exploração de Urânio no nosso País começou em 1907. A primeira concessão, a da Rosmaneira, no concelho do Sabugal (distrito da Guarda) data de 1909. Em 1913 começa a exploração das minas da Urgeiriça, sendo que nos primeiros anos, só é explorado o Radium, que era exportado para França.

Em 1944, com o início da "Era Atómica", começou a explorar-se o urânio, tendo a sua extracção continuado até finais de 2001. Fruto desta actividade de mais de 60 anos,encontramos hoje resultados nefastos, quer no ambiente, quer nos trabalhadores das minas, assim como impactos nas populações envolventes.

Vítimas de cancro do pulmão, aparelho digestivo, tiróide entre outros, mais de 100 ex-trabalhadores das minas já faleceram e outros revelam patologias consideradas de risco.

Ao nível ambiental, mais de 60 minas estão ao abandono, e a da Urgeiriça, a chamada Barragem Velha, acumula mais de 4 milhões de toneladas de Resíduos Industriais Perigosos.

O Instituto Ricardo Jorge levou a cabo, junto das populações na envolvente às Minas, um estudo epidemiológico, que concluiu que as populações continuam sujeitas a vários riscos de diminuição da função tiroidal, das capacidades reprodutivas e de problemas sanguíneos. Para que as conclusões do estudo não fossem alteradas, foram excluídos do mesmo, os antigos mineiros, dado que foi tido como base que este grupo, por ter estado exposto à radioactividade, contraiu diversas patologias do foro oncológico.

Em 1975 e 1983, nas regiões de Viseu e da Guarda, foram realizados estudos pelo Departamento de Protecção e Segurança (DPRSN) onde são apontados níveis de contaminação de cursos dos água, sendo o rio Mondego o mais afectado, dado a maioria das minas se encontrarem a montante do mesmo.

Outro estudo, que serviu para a Tese de Doutoramento da Eng.ª Maria Orquídia Teixeira Neves, refere claramente que as terras e poços que ficam a jusante da mina da Cunha Baixa, no concelho de Mangualde, numa distância de 10 kms, se encontram contaminados. Por sua vez a Câmara Municipal de Mangualde, em acta de 27 de Novembro de 2000, relata o seguinte: “...A situação mais dramática é a da Quinta do Bispo, que continua a ser depósito da materiais radioactivos e pesados, cujo tratamento eficaz é susceptível de ser questionado...”.

Estas situações de abandono, encontram-se disseminadas pelos distritos de Coimbra, Viseu , Guarda, Castelo Branco e Portalegre, e nalguns casos, persistem há mais de 30 anos. Vejamos o exemplo das minas da Senhora das Fontes - Pinhel, Tentinolho e Barracão, no distrito da Guarda.

Para além disso, a ENU praticou em vários locais a chamada lixiviação “in situ”, que implica o uso de acido sulfúrico. Um exemplo desta prática foi o caso do poço de Sta. Bárbara da Urgeiriça, em que a água daí proveniente e por infiltração, acabou também por contaminar os solos e cursos de água.

Passados todos estes anos, e só após muita luta, é que a Barragem Velha foi alvo de uma intervenção no sentido de confinar a contaminação existente, tendo a Assembleia da República aprovado essa intervenção, em 2001.

A AZU apresentou uma queixa contra o Estado Português a 30 de Novembro de 2004, que viria a ser aceite pelo comissário do Ambiente, Sr. Stravos Dimas. No entanto, todas as restantes minas continuam à espera de ser recuperadas ambientalmente, contrariando as normas Europeias, assim como as indicações da Agência Internacional de Energia Atómica, de 1981.

É perante todo este passivo, altamente negativo, onde encontramos milhares de toneladas de Resíduos Industriais Perigosos espalhados por todas as minas abandonadas, que rejeitamos a euforia daqueles que, ao verem o preço do urânio a subir na sua cotação, vêm manifestar-se pela reabertura de várias minas na Urgeiriça, Cunha Baixa e em Nisa, como factor de equilíbrio do PIB Nacional.

Não nos parece, contudo, ser possível ignorar todo o impacto negativo, já descrito, provocado pela extracção de urânio em Portugal, dado que o mesmo acto mostraria um desrespeito enorme por todas as mortes e sofrimento dos Mineiros e suas famílias, bem como pelas populações envolventes às explorações existentes.

Perante esta experiência e face à realidade dos factos comprovados pelos próprios organismos oficiais, vimos recusar a mineração de urânio em Portugal e continuamos a exigir a recuperação ambiental das zonas mineradas, assim como o ressarcimento dos trabalhadores e das suas famílias, que continuam a sofrer na sua saúde e qualidade de vida as consequências desta actividade industrial.

No passado, o Estado desresponsabilizou-se pelas mortes e doenças causadas a estes mineiros e muito menos garantias teremos agora, de um qualquer grupo privado que venha a candidatar-se à exploração deste mineral radioactivo.

O urânio, hoje, em Portugal continua a causar dor, sofrimento e morte.

É necessário esclarecer, as populações das zonas cobiçadas, sobre os problemas que esta actividade industrial provoca.

É necessário pressionar as autoridades, para que o processo de recuperação das escórias das antigas minas e a recuperação ambiental seja feita em consonância com as melhores práticas ambientais e com celeridade.

É necessário continuar a lutar para que a monitorização da saúde das populações das zonas mineiras e sobretudo dos ex-trabalhadores das minas seja continuada e reforçada.

É necessário empenharmo-nos para que os ex-trabalhadores das minas e as suas famílias sejam adequadamente compensados, que os seus direitos sejam garantidos e que os benefícios a que tem direito não lhes sejam negados.


As organizações,

Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza,

Nisa.com - Associação de Comércio de Nisa,

ADN - Associação de Desenvolvimento de Nisa,

Terra - Associação para o Desenvolvimento Rural,

MUNN - Movimento Urânio em Nisa, Não!,

AZU - Associação Ambiente em Zonas Uraníferas,

Comissão de ex-trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio.

news - fugas de radiação

Rádio Renascença


http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=11&SubAreaId=23&SubSubAreaId=54&ContentId=254212



O grupo nuclear francês AREVA detectou uma nova fuga de urânio numa instalação no sudeste do país.


A autoridade de segurança nuclear gaulesa, ASN, já enviou uma equipa de peritos para inspeccionar a fábrica em causa, situada em Romans-sur-Isere.

Não foram revelados, até ao momento, quaisquer pormenores sobre da dimensão da fuga de material radioactivo, que foi detectada na quinta-feira.

A companhia estatal Areva, que constrói reactores e processa urânio, garante que a fuga está confinada e não constitui uma ameaça para o ambiente.

Esta notícia é conhecida depois de as autoridades francesas terem ordenado a realização de testes em todas as suas 19 centrais nucleares, após a descoberta da fuga de um líquido contendo urânio não enriquecido noutra instalação da Areva.

Futuro sustentável Sim

Friday, July 06, 2007
Fui, entre caminhos e caminhares, novamente a Nisa.
O pulso desta terra vive e procura continuidade sustentada. No Cine-teatro local, já passava das duas da manhã e mais de meia centena das cerca de 130 pessoas que por aí passaram continuavam a ouvir falar com sabedura técnica ou com compromisso social ou com lógica de gestão continuavam a ouvir e participar na discussão do futuro desta, destas terras.
Apresentei um "improvisso" com base no texto que aqui não posso improvisar. E aqui volto a referir o meu empenho numa decisão consciente. As alternativas existem.
(...)

Apresentação

Venho a Nisa à muito tempo, estive aqui quando à uns anos foi apresentada proposta de avançar com a exploração do urânio. Voltei desde então diversas vezes aqui e aos concelhos em redor. Estudei a história, vi as terras, falei com as gentes. Sinto um potencial de sustentabilidade, de desenvolver hoje a pensar no como aqui chegámos e a pensar para onde temos que ir.

Esse potencial pode ser posto em causa.
Vários são os problemas que a retomada ideia de exploração de urânio coloca.
Novamente aqui me empenho, com esta terra e esta gente.
Tive ocasião de referir que não fora a minha gente de mais a sul (de Barrancos), terra também como esta, e aliás todas as terras extremas, de acolhimento de todos os fugitivos, perseguidos e errantes, onde também enfrentámos lutas pela defesa do território e aqui, por Nisa, lançaria raízes.
Mas essas também ficam no empenho e compromisso que aqui vos deixo:

Três tópicos:

1. A Terra:

Terras graníticas estão associadas do ponto de vista geológico às ocorrências de urânio.

No Concelho de Nisa, mas igualmente por Castelo de Vide e Marvão ocorre uma jazida de urânio, de superfície, relativamente significativa, que poderá no caso imprevisível, do relançamento da industria de fissão nuclear para extrair energia ou para outros fins, ter um acrescido valor de mercado. (Ontem uma grande machada foi-lhe dado quando a chanceler Merkel assumiu a continuação do desmantelamento das centrais nucleares alemãs!)

O Urânio no solo é por si mesmo um minério que comporta riscos. A construção de edíficios onde este ocorre deve ser feita obedecendo a determinantes arquitectónicos que evitem acumulação de radão e não deve ser feito apascentamento de gado nem agricultura em zonas onde este está mapeado.

Sublinho isto porque é um problema de saúde pública.
E devo referir que penso que os proprietários destes espaços devem ser compensados!
DEVEM SER FEITOS MAPEAMENTOS DOS CONCELHOS MENCIONADOS E ESTES INTEGRADOS NOS P.D.M.s como zona não edificante e feito o seu isolamento em termos de agro-pastorícia.

2- Saúde

Mas se estes problemas já se verificam quais as consequências da mineração deste minerio para a terra, a saúde das populações?

Sejamos claros: transformar um produto mineral numa matéria prima, qualquer que ele seja é um risco, provoca resíduos, poluição, modificações sociais.

A mineração de urânio provoca problemas relacionados com o sistema de transporte (poeiras e gases, entre os quais o radão são disseminados), deixa escombreiras e zonas de águas ruças com teores de radioactidade porventura elevada e durante o período de lavra que poderíamos estimar entre 5 e 8 anos provocaria uma movimentação de trabalhadores forasteiros, com os consequentes impactos (bares, casas de alterne, etc.)
após o que deixaria as escombreiras mencionadas e eventualmente, eventualmente alguma mais valia para alguns negócios e se uma boa negociação for feita e uma exigente imposição de normas for regulamenta e implementada algum benefício para o concelho e a possível minimização de alguns dos problemas acima referidos.

DEVE, do meu ponto de vista e de acordo com as normas de democracia que enformam os Estado de Direito! O CONCELHO, OS CONCELHOS afectados, SEREM ENVOLVIDOS DESDE O INÍCIO DESTE PROCESSO.

NADA DEVE SER FEITO CONTRA A VONTADE DAS POPULAÇÕES!
Não é possível, temos que dizê-lo com toda a frontalidade!, desenvolver esta actividade contra a vontade das populações e a sua representação politica local.

3- Futuro sustentável

Por estas nossas terras do interior passam-se dificuldades mas há uma enorme vontade de futuro.
A agro-indústria com diversas formas industriais ou artesanais do queijo e dos enchidos, outros artesanatos, nichos de mercado que são as rendas/alinhavados, a construção com buinho ou o trabalho com pedra, e cerâmicas, um turismo de natureza e de património, que explore minas, caminhos de contrabando, caminhos de caminhar, património monumental e lazer.
A revitalização das águas e do seu usufruto, o desenvolvimento de eco-aldeias, e de novos espaços de tranquilidade são buscados, nacional e internacionalmente a peso de oiro...

Pois isso, tudo isso ou...a mineração de urânio.

O urânio tem problemas sérios, mesmo no estado natural, e até desses nos devemos defender, identificar jazidas, evitar actividades referidas e controlar outras.

Mas a extracção deste minério, num período limitado no espaço e no tempo (6/8 anos), tem uma enorme repercussão sócio-psicológica nas populações e nas actividades económicas sustentadas para o seu desenvolvimento.

- Outras regiões do nosso pais definharam, nelas a vida dos que trabalharam nas minas e das populações locais é vivida hoje com risco e luta pelos direitos de quem nas minas deixou parte dessa.
( aqui neste ponto não deixei de saudar na pessoa de António Minhoto a dignidade e luta dos trabalhadores das minas da Urgeiriça, contra o incumprimento pelo Estado seja da recuperação ou mitigação dos problemas ambientais dessas terras minieradas, assim como contra a inexistência de serviços de saúde e monitorização adequados ou trabalho realizado e compensações IRRECUSÁVEIS pelos riscos, muitas vezes fatais, para os próprios e consequências também para as famílias)
- Não é certo que os preços se mantenham no mercado internacional, a nuclear, pesem subsídios e a ajuda dos problemas dos combustíveis fósseis e as alterações climáticas poderá não arrancar e o minério vir por aí abaixo.
Sabemos que esta tecnologia, alem dos riscos gravíssimos não é solução nem parte dessa para os problemas do aquecimento global.
-E sobretudo tem que se colocar na balança os dois cenários.
Aos talvez sete anos de vacas gordas que seria uma exploração do urânio em Nisa e concelhos em torno, não se seguiriam só sete de vacas magras.
Poderia ser o futuro destas terras a ficar para sempre assombrado.

Que a opção passe sempre, essa é a mensagem que quero deixar pelas populações e os seus representantes. O futuro é aqui!

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As reivindicações dos ex trabalhadores das minas

Miguel Henriques (PSD), Miguel Tiago (PCP) e João Semedo(BE) continuam a acompanhar os ex trabalhadores da Urgeiriça. Teve lugar no dia 7 de Junho uma visita ás minas destes deputados acompanhados de ex mineiros de várias categorias profissionais, operários, engenheiros, desenhadores e outros que querem ser equiparados aos do fundo da mina, com benefícios na idade da reforma, pagamento de indemnizações daqueles que morreram de doenças já comprovadamente relacionadas com a exposição á radioactividade. A propósito, Matos Dias, que representava a EDM e nos guiava na विसिता, reconhecia que naquele tempo havia desconhecimento da perigosidade, lembrando que o Jardim-Escola da comunidade era colado ás instalações centrais da ENU …!

O consultor da EDM lá ia respondendo ás perguntas acompanhado de vários técnicos, o trabalho de minimização dos riscos de impacto ambiental, tendo sido apresentada uma planta “muito bonita” onde predominavam espaços verdes com mobiliário urbano, estruturas sócio-culturais, anfiteatro e outras. A área é enorme, há já um lugar, o da Barragem Velha em que forem tapados resíduos, lamas, resultantes de processos químicos ou por serem pouco rentáveis se forem acumulando. É a porta de entrada da Urgeiriça, aquele relevo acentuado “plástico” e enganador com cerca e bem delimitado mas bem verde. Mas há outros pontos críticos, em que não houve intervenção nenhuma, como o Poço de Sta Clara que atingiu os 520m de profundidade, 19 galerias, como se fossem 19 andares explicava o desenhador e a jorrar água fora quando chove muito, o nível freático de momento está muito próximo da linha de terra…!

A obra em curso é na zona da Oficina de Tratamento Químico, onde era lançado ácido sulfúrico á terra para medir os teores de rádio, pensamos… Lá estão aqueles montes que já não configuram exactamente as mesmas linhas de relevo. Nota-se perfeitamente uma argila, barro vermelho compactado que seccionado tem em projecto cerca de 80cm, ao fim deve acabar com terra vegetal onde poderão ser plantadas arvores. Há também um outro monte diferente este tapado com outra cor, este dizem que é “argila castanha”, tem aspecto menos compactado, tem algum cascalho, ressalta á vista que tem pouco de impermeável, muito menos ao radão “um gás que se escapa por todo o lado” palavras de Matos Dias. Na nossa opinião é fácil de ver, o capital emprega todas as estratégias para conseguir sacar o máximo de recursos sem olhar a meios, nem que seja á custa de vidas humanas…! Naquele lugar aprazível já morreram mais de 100 (uma centena) com carcinoma da tiróide e do pulmão. Uma nódoa que permanecerá numa escala temporal pouco perceptível ao ser humano, que irá para além destas gerações, um legado aos nossos descendentes! Irresponsabilidade!

Há alguém que pergunta, e Nisa! Pela sensação denotada nos ओल्होस que brilham, o “ouro” dos nossos tempos corromperá tudo e todos se não formos astutos objectivos e incisivos…!

Que negocio, que rentabilidade, que riqueza se equipara á nossa saúde।? Estamos metidos numa grande embrulhada, calhou-nos na rifa este enorme “filão” que vale tanto para dois ou três e mesmo nada para तोडोस.

O urânio de Nisa está á superfície, as emissões já existem ऐ uma das formas de resolver o problema é retira-lo e mais tarde proceder a um trabalho de requalificação ambiental, esta é a opinião de Matos Dias, ex trabalhador responsável do sector geológico da ENU।

Há coisas que fomos perguntando, ouvindo explicações e outras que se sussurram que nem tão pouco se equacionam, são demasiado evidentes, basta passar por lá. Pergunta-se pelo urânio que resta da exploração, parece que estão algumas toneladas fechadas, trancadas, 200 que já não são dos mineiros, ou da EDM, mas do Banco de Portugal. Tal e qual como o ouro pesa-se em libras e serve de garantia, de segurança. É preciso cuidado vale tudo. As nossas jazidas já estarão penhoradas?

Faziam 3 meses, em 7 de Março de 2008, o PS chumbou com a sua maioria arrogante, os projectos de lei do BE, PCP E PSD que procuravam dar anseio á satisfação dos trabalhadores. Matéria que já tinha sido reconhecida e acordada num plenário a 08 de Abril de 2005, o deputado socialista Miguel Ginestal tinha admitido “que havia uma divida do estado para com os trabalhadores, que forem factor de receita económica para os cofres do estado, que o pais nunca lhes retribui aquilo que eles lhe deram.

De tarde houve um plenário, na casa do pessoal mineiro, no bairro com casinhas geminadas muito modestas junto com apontamentos esporádicos de moradias isoladas.

Na sala estava bastante gente, trabalhadores das minas, esposas e viúvas, decididos e empenhados.

Tinha sido enviado convite ao Movimento Urânio em Nisa não, (MUNN), que se marca e caracteriza pelas mesmas causas e lutas.

O deputado social-democrata Almeida Henriques não pode ficar para o plenário pode ficar para o plenário de tarde, mas numa carta que foi lida, garantiu que, “após a vitória do PSD” o partido apresentará de novo o projecto de lei que o PS reprovou. Os trabalhadores “têm que ser tratados com coerência e justiça, além das 44 pessoas abrangidas, pelo decreto lei nº25/2005, considera que todas as restantes que tenham trabalhado pelo menos cinco anos ENU devem ter os mesmos benefícios”.

Miguel Tiago, jovem deputado, lembrou que o projecto do PCP ia mais longe prevendo também o alargamento do programa de saúde já em curso para os antigos trabalhadores e familiares, nomeadamente aos descendentes e o pagamento de indemnizações aos seus familiares “daqueles que comprovadamente tivessem morrido por estarem expostos a situações de risco

“Os partidos fizeram propostas, diferentes, cada um deu o seu contributo, mas o PS com a sua maioria absoluta inviabilizou liminarmente todas as propostas” lamentou.

João Semedo, do BE, naturalmente sensível a esta situação não fosse ele médico, fez entender de que “com a solidariedade das forças de esquerda e dos outros trabalhadores” conseguiremos alcançar os nossos objectivos.

Forem aprovadas duas moções por unanimidade, uma a pedir que seja cedido o campo de futebol á Casa de Pessoal, e a recuperação de uma das estradas que forem feitas com escombros resultantes da exploração de urânio.

Há uma altura em que se pede um minuto de silêncio por mais 2 trabalhadores terem morrido com cancro no último mês. Impressionante porque naquela gente quase se deixou de respirar, denotando-se o chilrar dos passarinhos junto com leves soluços das viúvas. Pedimos ajuda naturalmente, porque não queremos ter fazer em Nisa, um minuto arrepiante como aquele.

Neste sentido existem movimentações para promover uma acção de sensibilização a realizar em Nisa com a Comissao dos ex-Trabalhadores da ENU.

Nisa não fornece urânio para armamento!


Nisa não fornece urânio para armamento!
Já colocamos a petição online, segundo informações as assinaturas na internet são contadas como válidas pela Assembleia da República Portuguesa! Então vamos lá a ver se damos mais dorso ao movimento.

O endereço é o seguinte
http://www.petitiononline.com/zplin/petition.html

Nisa não fornece urânio, não serve a alternativa energética como desculpa, muito menos a apetência para armamento.
Não fomentamos a guerra.

Movimento Urânio em Nisa Não
PETIÇÃO ONLINE

URANIO – SIM OU NÃO

Nisa, 14 de Janeiro de 2008

Ex.º Sr. Presidente da Assembleia da República

Vivemos numa permanente angustia de não saber o dia de amanhã. Sabemos da apetência do poder económico pelas nossas terras pelo lado que pensamos ser mais negativo, o urânio. Há uns tempos para cá, num dia dizem que a exploração de urânio vai reabrir, noutro sossegam-nos e dizem que o governo aposta nas limpas... Há abertura de concurso, a população, movimentos sociais, organizações ambientalistas manifestam-se, há debate e esclarecimento. Chegamos à conclusão que não queremos este tipo de "desenvolvimento" para o nosso lugar de tantas gerações. Queremos que os nossos filhos continuem perto de nós; já chegam os poucos que restam, não nos podem continuar a eliminar! Não podemos viver nesta insegurança do boato.

Somos um grupo de cidadãos preocupados com a saúde e desenvolvimento sustentável deste concelho, queremos que este tome o caminho certo, o qual pensamos estar de certa forma identificado e não passa pela exploração do urânio a céu aberto a menos de 2 km da sede do concelho. O desenvolvimento sustentado que defendemos passa por outro tipo de recursos; o tão famoso queijo de Nisa, o património natural e ambiental livre de focos de poluição. O projecto termal, o turismo de saúde e o Geoparque no qual somos parte integrante.
Durante anos e anos à semelhança de outras zonas do interior nunca beneficiamos de desenvolvimento algum, quase sempre exclusivo da zona litoral e dos grandes centros urbanos. Pensamos que neste momento estão criadas as condições base para um desenvolvimento económico-social e cultural que todos ambicionamos para a região.
Pretendemos assim de facto com esta petição que haja uma profunda reflexão antes de qualquer decisão que possa hipotecar o futuro promissor deste concelho.

Movimento Urãnio em Nisa Não
Adelino José Correia Corga BI 4738594
Alexandra Maria Salgueiro Valente Bagulho BI 7034415
Alexandre Manuel Bento São Pedro BI 10419706
Ana Catarina Valente TL 938325092
Ana Cristina Figueiredo BI 652613
Ana Isabel Baptista Cebola
Ana Lúcia Martins Mendes BI 12294073
Ana Maria Polido Oliveira BI 6644449
Ana Sofia Salgueiro Carita TL 245412510
Anália Maria F. Farinha Caixado BI 7961852
Anália Maria Felício Farinha Caixado BI 7961852
Andreia Patrícia da Conceição B. BI 12233490
Angélica Bagulho BI 3894213
António Albino Faia Andrade Pires BI 7793201
António Charneco BI 55334766
António Cruz Condessa
António José B. Anselmo BI 9281650
António Luís Rodrigues Campos BI 11073862
António Manuel Frasco Carita BI 245412810
António Maria Bizarro Pereira BI 4839199
Armando de Jesus Mão de Ferro Gandum BI 6131070
Artur da Rosa Dias BI 55176356
Artur José Caseiro Varga BI 7810834
Artur Nascimento Morais BI1857123
Cândida de Jesus R. Duarte Baião TL 220716633
Carla Isabel Mendes Martins
Carla Sofia Gonçalves Duarte BI 11337509
Carlos Manuel Bento Temudo Caixado BI 7386728
Carlos Manuel Dias Bagulho BI 4189540
Carlos Manuel Graça Rolim BI 514997
Casimiro Marques Almeida BI 5204203
Catarina Miguens Relvas Rolo Porto BI 5473602
Celeste Felícia Marques Alvega de Matos BI 543274
Cesaltina Rodrigues Martinho S. Pedro BI 10065995
Clara Maria Tremoço Esteves Franco
Cláudia Sofia Bagina Brites BI 11311597
Daniela Valente Mendes BI 11898452
Dina Paula Pequito Matias Heitor
Dinis Miranda Figueiredo BI 2114892
Francisco Boleto São Pedro BI 463832
Francisco José Gomes Martinho Mendes BI 7775225
Francisco Manuel Freire Cardoso Ferreira BI 3322619
Francisco Marques Pires BI 6577662
Georgina Mousinho Sanches TL 938322113
Graça Maria F. S. Carita TL 245412810
Hélder Spínola de Freitas BI 10401780
Helena Marques BI 11291323
Henrique Gomes Martins Santos Conde TL 933261982
Hugo Dinis Corrente Casimiro BI 6416913
Idalina Perestulo Luís BI 1163247
Ilda Cristina Guerreiro Lopes BI 7655264
Isabel Augusto Freire Silva BI 245429211
Jacinto Beato BI 8635609
João Arménio Faia de Andrade Pires BI 11227268
João Filipe Fernandes Branco CN 189584304
João José Barrento Vinagre BI 7617243
João José Miguens Vaz
João M.M. F. Oliveira BI 519244
João Manuel Nunes Dias BI 5173366
João Maria Mendes Porto BI 5257612
João Maria Valente BI 1424598
Joaquim Lopes Pires BI 4593021
Joaquim Louro Possidónio TL 939260200
Joaquim Louro Serra
Joaquim Marques Rodrigues
Joaquim Martins Rebelo BI 4502937
Joaquim Ramalhete Duarte BI 5286754
Joaquina Emília
Jorge Manuel Ribeiro Santos BI 6961483
José da Cruz Curado Pulido
José da Graça Bagulho BI 1509788
José Inácio Sanches TL 938241785
José Jesus Caixado B I2188005
José Maria Botas BI 4589946
José Maria Capote BI 8411756
José Maria Salgueiro Moura BI 5522591
José Miguéns Louro Hilário BI 775661
José Pascoal Gonçalves Galinha
Luís Alberto Gonçalves Marques BI 8894757
Luís Miguel Manso
Luís Pedras BI 7209385
Lurdes de Fátima Silva TL 245742531
Luzia Almeida
Manuel José da Silva Miranda Fernandes BI 6737158
Marco António Baptista da Rosa Nunes BI 10583629
Maria Alexandra Santos Azevedo BI 7733332
Maria Amélia de Jesus Costa BI 4304705
Maria Ana Belo Rebelo Cebola
Maria Antónia Graça Ângelo Marques BI 121551
Maria Beatriz Mota Pires
Maria Cebola
Maria Conceição Torres Cordeiro BI 5216854
Maria da Conceição dos Anjos Rovisco
Maria da Conceição Pestana Serra BI 7655264 TL 245412544
Maria da Silva Pereira Franco TL 245411605
Maria de Fátima Tremoço Barreto BI 6267262
Maria de Lurdes Correia Marchão TL 965385386
Maria Germana Carvalho
Maria Graça Paulo BI 6529388
Maria Henriqueta F. R. Chambel Mariano TL 933261982
Maria Jesus Laré Rovisco
Maria João Roberto Godinho Calado BI 6465692
Maria José Bagulho Louro André TL 245413213
Maria Luís da Silva Melato
Maria Luísa Palha BI 9152343
Maria Luísa Ribeiro Candeias NC 194138496
Maria Madalena da Fonseca Martins BI 11683583
Maria Manuela da Silva Semedo Louro BI 6253127
Maria Mendes Curado
Mário Carmo Oliveira Mendes BI 4605225
Mário dos Santos S. Pedro BI 10904505
Mário Nuno Bento Polido BI 11086627
Mário Ribeiro Mendes BI 6562317
Mário Serafim
Marta Isabel Marques Trindade Valente
Miguel Duarte Silva Teotónio Pereira BI 4569701
Natália Carrilho Mendes TL 245412117
Nelson Fernando Baptista Rosa Nunes BI 10089754
Nuno Filipe Mota Alegria BI 12072010
Nuno Miguel Sequeira BI 799807
Patrícia da Conceição Serra Miguéns BI 10908986
Paula Cristina Couto Lages de Silva BI 196739158
Paula Regina M. P. Santos Abreu BI 9905023
Paulo Cardoso BI 7062051
Paulo Jorge Pereira Bagulho BI 6574536
Pedro Afonso Costa
Pedro Jorge Nogueira Corroios BI 8083204
Ricardo Marques BI 11713470
Rita Baptista Rós Nunes BI 5551902
Rosário Esteves Bizarro TL 245413213
Rui da Graça Rosa
Rui Fernando Alves da Silva
Sandra Isabel C. E. V. Rosa BI 10411885
Sandrina Louro Sousa BI 12433496
Severino Rosa Nunes BI 4977123
Tiago Caldeira BI 11688119
Tiago José Duarte Pires BI 12206128
Tiago José Rovisco Moura
Vanda Alexandra de C. Barata BI 11818156
Vânia Maria Carita Elias BI 11359015
Vítor Franco
Vítor Miguens Nuno Marques Figueiredo BI 11145891